terça-feira, 22 de março de 2011

Levantadora Fofão concede entrevista exclusiva ao Blog

Fofão com a medalha de Ouro no peito


A campeã olímpica Fofão me concedeu uma entrevista exclusiva antes do final da Superliga 2009/2010. Na conversa a única exigência da levantadora foi de não falarmos de Fernanda Venturini. Mas não me segurei  e perguntei se Fernanda deu parabéns pela conquista do ouro em Pequim? Fofão riu e repondeu rápido: "Não"!. Vou tentar achar o CD com a fotos da entrevista e posto em breve.  Veja os princpais trechos do bate papo.

Hamilton- Como o voleibol entrou em sua vida?

Fofão-Eu não escolhi, o voleibol que me escolheu. Sempre gostei de todo tipo de esporte, a primeira oportunidade que tive de fazer um teste foi de vôlei, eu fui e passei. Foi o primeiro teste da minha vida.

Hamilton-Você começou como atacante e virou levantadora. Como foi o processo de adaptação?

Fofão-A adaptação foi muito difícil, passei a ser de uma posição que eu não sabia. Não queria ser levantadora, mas o Zé Roberto (treinador) começou a me ensinar, e a partir daí, comecei a entender e a gostar.

Hamilton- É complicado assumir a responsabilidade de ser a capitã de todos os times que joga?

Fofão- É uma responsabilidade muito grande, gostaria de ficar mais tranquila. A capitã têm que ser o exemplo, tem que ter postura dentro e fora da quadra. Ás vezes, quero relaxar um pouco mais,  mas já estou acostumada com isso.

Hamilton- Como você concilia o seu casamento com a agenda de viagens?

Fofão-No começo foi difícil, quando casei falei para meu marido que minha prioridade é minha vida profissional. Optei por não ter filho e ele entendeu.

Hamilton-Você já teve problemas com algum time?

Fofão-Quando joguei no Minas, toda semana tínhamos reunião, existia conflito entre jogadoras e técnico. Era algo muito chato que desgastava e eu não rendia nada em quadra. Tinha dia que chegava e nem 'bom dia' eu recebia.

Hamilton- A derrota em 2004, quando a Rússia virou o placar de 24x19 foi a motivação para o ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008?

Fofão-Nem todas as jogadoras viveram aquela situação, mas quem estava naquele jogo carregou isso por quatro anos. Foi uma cobrança muito pesada em cima do vôlei feminino, estavam querendo criar uma imagem que não era justa, foi o que nos motivou.

Hamilton- A posição de levantadora está sendo alternada entre a Ana Tiemi e Dani Lins. Na Superliga passada, você declarou que a Dani era a mais preparada para substituí-la. Ainda mantém a mesma opinião?

Fofão-Temos que ver dentro da lógica, a Dani estava em uma grande equipe, vivendo um bom momento se destacando. Mas como sempre falo, seleção é uma coisa, clube é outra. Manter-se no nível de seleção é difícil, sei que para ela (Dani) é mais difícil porque pegou uma equipe montada. Muitas pessoas ficam a comparando comigo, mas o que ela precisa é de um pouco mais de confiança e para mim é a titular.

Hamilton- Você não estará no mundial este ano?

Fofão-Já encerrei mesmo, meu ciclo na seleção fechou.

Hamilton- Pela Superliga, o Blausiegel/ São Caetano teve algumas derrotas inesperadas e uma delas para o Minas. Vocês se enfrentarão novamente, quem vence agora?

Fofão-Jogamos bem abaixo do esperado contra o Minas e temos consciência disso. A apresentação que tivemos em Belo Horizonte não vai se repetir, mas sabemos que o Minas é uma grande equipe que está crescendo e vai ser um dos cruzamentos mais complicados.

Hamilton- Qual a seleção ideal hoje?

Fofão- A das Olimpíadas, com a Mari e a Paula na ponta, Walewska e Fabizona no meio e Sheyla na saída.

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